sábado, 21 de setembro de 2013

A BANDA MARCIAL DE GUEIFÃES

CIDADE DA MAIA

 
Uma Banda configura sempre um estado de alma! Certo modo de pensar colectivo que leva um conjunto de pessoas a agir organizadamente. Dezenas de componentes adquirem costumes que podem “percorrer gerações” de familiares e auditores amigos que, lhes acompanham os passos.
É estado de espírito que “contagia” os mais próximos criando famílias e gerações de músicos e de seguidores. Bem se diz que o homem, pela beleza, esquece tudo e tudo perdoa; dá tudo ou tudo empenha.
A música é a arte que mais facilmente penetra a alma do Homem., fere-o “no melhor sentido da palavra”, ao ponto de ele se deixar arrastar e conduzir obcecado pela beleza.
Por isso é a Arte que com maior êxito cumpre o dever de servir a Deus, chamando os seus adeptos e
fazendo deles fieis.

Não é por acaso que a Marcial de Gueifães (Cidade da Maia) possui, nos primórdios do seu historial, quatro
sacerdotes que a ajudaram na fundação e no crescer.
Três Padres da “Família Andrade”, de Gondim, foram promotores da “primeira fundação” nos finais do século
XVIII; um quarto, o Padre “Zé do Arco” no ano de 1835 prestou decisivo contributo na terceira fundação,
em Gueifães.

Os sinos dos campanários, repicando alegremente lembravam as horas e chamavam os fieis ao culto. Os
Sacerdotes antigos sempre reconheceram essa valia.
As Bandas de Música, mais dispendiosas sempre foram convidadas para os dias de festa.
Em tempos recuados os sacerdotes, pela necessidade de acompanhar os actos de culto, promoveram a
fundação de conjuntos musicais dando origem a grande número deles.
Assim aconteceu com a Banda de Gueifães sempre pronta a aceitam e cumprir prerrogativas do Espírito,
como razão de ser da fundação!
As Bandas não foram fundadas por iniciativa económica, bairrista, ou por capricho.

A Música, em si, é apenas um “meio”! A mais preciosa valia é a imensa capacidade de conclamar Povo
para Deus.
«Sempre fiel aos seus princípios!» dizia Serafim Cruz da Marcial de Gueifães que procurava encher a Igreja
fazendo com que, em dia de festa, ninguém ficasse em casa.
A capacidade de requerer o Povo ordeiro à festa é a principal “mais valia” das Bandas. Incentivar o “Povo” a
juntar-se na praça para que se encontrem as pessoas; se revejam os familiares, os vizinhos e se criem
“momentos de convívio” e amizade e tomando parte em expressões de Fé.
Nestes momentos de crise devo lembrar São Bento que levou a que se fundassem feiras para
desenvolvimento da economia e amizade.
Mahatma Gandy advertia que: - «Quem não sai de casa não progride!»
Trazer o Povo à praça; ao convívio é necessidade de sempre e mais valia altamente meritória das Bandas.
 



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