Andava por aí ao Deus dará
um homenzinho alcunhado de “Shó Pa Nó». Apelido
herdado dos antepassados.
“Shó
Pa Nó» era famoso lá na terra; a alcunha e suas
afamadas regras de poupança, tinham colhido adeptos por todo o
Mundo.
Se seu aspecto era o de um mendigo
esfarrapado, o que não condizia com a famosa alcunha que,
entre gente famosa, muitos seguidores contava.
Quem o via apercebia-se de que era
um homem rico mas que corria “triste fado”.
A
alcunha queria dizer: - Quanto venha “à rede”; «-
é «só para nós!» E todos
o entendiam. Mas, quanto mais julgava, que os proveitos seriam todos
só para si, tanto mais o pobre se apercebia que mais cruel
fado carregaria e, mais pobre estava!
Até que um dia algo
aconteceu, que tudo mudou.
Deixara sua montada presa à
argola mas ela, roendo acorda e foi direitinha à parreira que
profundamente derramou e, «Shó Pa Nó» tão
triste ficou ao ver a produção de uvas perdida, que por
pouco não desmaiou..
Entretanto, pela vindima,
confirmou que a vide que, mais produziu, fora aquela que pela
“montada” fora mais podada:
«- Onde a alimária
mais podou, mais «Shó Pa Nó» ganhou!
Mas, «Shó Pa Nó»,
tem muita força e não mudou! Assim era… assim ficou!
M. C. Santos Leite
Sem comentários:
Enviar um comentário